domingo, 18 de janeiro de 2009

O que querem os professores?

Os professores vêem-se na necessidade de proceder a novas formas de luta, depois de terem tentado de todas as maneiras que a suas opiniões fossem tomadas em consideração na elaboração de várias leis que estão a contribuir para que a confusão e o mal-estar se instalem nas nossas escolas: Fizeram-se abaixo-assinados, vigílias e dezenas de manifestações – duas das quais com mais de 100 mil professores –, sendo estas formas de luta desenvolvidas ao fim do dia ou aos sábados para não prejudicar os alunos.
O que querem os professores?
- Querem que as escolas continuem a ser geridas democraticamente. Não querem voltar a ter um reitor à moda antiga; Só dando exemplo diário de democracia é possível formar consequentemente para a democracia.
- Querem ser avaliados por processos justos e que contribuam para o seu aperfeiçoamento profissional.
- Querem ter uma carreira única, digna, em que o mérito seja sempre premiado e não uma carreira dividida artificialmente, onde o mérito só é premiado em alguns casos.
- Querem ser tratados com respeito e que as suas opiniões sejam tidas em consideração na elaboração de diversas leis que o governo – em desprezo pelos que estão há anos no terreno – procura impor, ignorando todos.
- Querem leis que valorizem a sua função e os ajudem a combater a indisciplina e a violência que tem vindo a crescer nas escolas e não a sua constante desautorização e desvalorização por parte do ME.
- Desejam uma escola que ministre um ensino de qualidade, onde os alunos passem de ano a dominar as matérias e não uma escola que não prepara para a vida e que permite a passagem indiferenciadamente, para ficar bem vista nas estatísticas europeias.
- Não estão a reivindicar aumentos salariais – apesar de a crise ser profunda e a classe, desde há oito anos, ter vindo a ver decrescer o seu salário real.
Embora, pelas razões expostas, os professores se vejam obrigados a lutar, irão empenhar-se para garantir a leccionação das matérias previstas.
Os professores desejam salientar que não esquecerão os seus alunos e reiteram que esta luta é de todos – pais, alunos e professores – por uma escola pública de qualidade.


APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino)
CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
MEP (Movimento Escola Pública)
MUP (Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores)
PROmova (Movimento de Valorização dos Professores)

Greve - 19 de Janeiro

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Todos a fazer greve no dia 19

Recebi este texto por e-mail que me parece encorajador para o dia 19...

"Cada um deve lutar no sítio em que estiver, no seu meio, com os seus pares, nas oportunidades que for construindo."
Os conselhos executivos de alguns distritos estão hoje em Santarém, encontrando os seus espaços para a sua intervenção. Devem fazê-lo aí e se conseguirem só podem merecer o nosso aplauso. São mais de 150 que responderam ao apelo de 21. Isto é fantástico!
E nós? Também temos a nossa parte de responsabilidade. Esperar que dali saia a resolução para o meu problema é errado. Se tenho um problema EU tenho de agir!
Até agora pode dizer-se que a luta foi fácil.
Bastou-nos juntar a nossa voz, o nosso nome ao de dezenas de professores do nosso agrupamento, ao de milhares de professores de todo o país.
Agora, confrontados com um papel que exige que assumamos individualmente a nossa recusa ou aceitação desta avaliação e desta carreira dividida, é chegada a hora de mostrarmos ser capazes de defender as nossas convicções com coerência e coragem.
Ninguém nos disse que esta luta ia ser fácil … ou rápida.
De facto não o é.
1. Ninguém é obrigado a entregar objectivos individuais
2. Ninguém está a obrigado a outro procedimento que não seja o da auto-avalização
3. Nenhum professor concorda com este SIMPLEX porque ele nega tudo o que é fundamental numa avaliação de professores – o seu envolvimento com os seus colegas e alunos no ensino e nas aprendizagens.
4. Este SIMPLEX revela as verdadeiras intenções do ME – impedir a progressão, poupar à custa dos professores, semear desconfianças que alimentem hierarquias dentro das escolas.
Mas atenção não é preciso que essa recusa passe a escrito, tão simplesmente. Basta não o fazer.
Se forem poucos a assumir com coragem aquilo que a maioria deseja, podem passar por momentos difíceis … e isso não é justo, pois não? A Força desta nossa luta é a unidade de todos em torno de objectivos comuns. VAMOS CONTINUAR UNIDOS!
Para isso, o que podemos fazer?
MANTER A SUSPENSÃO EM CADA ESCOLA, EM CADA AGRUPAMENTO, APOIANDO-NOS UNS AOS OUTROS. VOLTANDO A FAZER TUDO DE PRINCÍPIO COMO JÁ FIZEMOS.
Não é verdade que já passámos pelos 2/2008 e 11/2008? Não resistimos? Não fomos obrigando o ME a recuos e ao descrédito?
Parar agora é morrer! Estou de acordo com a estratégia:
1.º - 13 de Janeiro encher salas de reunião – fazer bons plenários
2.º - 19 de Janeiro fazer uma grande greve – voltar a fechar escolas
3.º - Daí para a frente manter a suspensão nas escolas e intervir durante os processos de negociação que vão decorrer com os sindicatos. Penso que será muito importante para que os Sindicatos aproveitem as nossas sugestões e propostas e vão construindo a partir delas
MÃOS À OBRA, COLEGAS!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Os professores do PS que (não) são professores...

Deputados do PS, professores, que votaram ontem contra os professores:
Odete João - Leiria - professora do ensino secundário, n. 1958, lic. em Mat. e mestre em Tecnologias da Informação, foi coordenadora do Centro de Área Educativa de Leiria
Fernanda Asseiceira - Santarém - professora do 2º CEB, n. 1961, lic. em Marketing
João Bernardo - Aveiro -prof. do 1º CEB, n. 1955, fez um complemento de formação em Gestão Escolar
Rosa Maria Albernaz - Aveiro - professora, não diz qual o grau de ensino, n. 1947, é deputada há muito tempo e já se deve ter esquecido que foi professora.
Paula Barros - Vila Real - professora do ensino secundário, n. 1966, foi presidente do CE do agrupamento de escolas Francisco Gonçalves Carneiro, em Chaves.
Jorge Fão - Viana do Castelo - lic. em educação/animação comunitária, n.1956.
Rosalina Martins - Viana do Castelo - lic. em ensino do Port./Francês, n. 1955
Ricardo Gonçalves - Braga - lic. em Filosofia, n. 1957, professor do ensino secundário
Fernando Cabral - Guarda - licenciado (não refere em que área), n. 1956, professor primário?
Bravo Nico - Évora - doutorado em ciências da educação, n. 1964, professor da Universidade de Évora
Paulo Barradas - Viseu - lic. em humanidades, mestre em história medieval, professor do ensino secundário
Isabel Coutinho - Braga - lic. em história, n. 1966, professora do ensino secundário
Cláudia Vieira - Viseu - lic. em direito, n. 1967, foi professora mas agora é advogada
Miguel Ginestal - Viseu - lic. em ensino (não diz em quê; julgo que será em ensino do 1º CEB) e mestre em gestão pública, n. 1965, professor (não diz em que nível mas eu julgo que é no 1º CEB)
José Junqueiro - Viseu - lic. em humanidades, n. 1953, professor. Já está há décadas no Parlamento
Jovita Ladeira - Faro - curso do magistério primário e lic. em comunicação, n. 1957, professora do 1º CEB
Aldemira Pinho - Faro - lic. em economia, n. 1952, professora do ensino secundário
Fonte: Blogue profavaliação

A política é um nojo...