sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dirigentes de escolas públicas nacionais repudiaram o modelo de avaliação

Dirigentes de escolas públicas nacionais repudiaram hoje o novo código de contratos públicos e o modelo de avaliação de professores em vigor, considerando tratarem-se de temáticas que prejudicam a qualidade de ensino.
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Quanto ao modelo de avaliação em vigor, as críticas foram também pesadas, considerando-o «lesivo para a qualidade da escola, prejudicial para contribuir para um ambiente tranquilo» e nefasto por «criar profundas divergências entre professores da mesma escola».




2 comentários:

Unknown disse...

Num clima competitivo e individualista, o modelo de avaliação em vigor é a cereja no topo do bolo. Os tecnocratas do ME seguem, definitivamente, a máxima: o que conta é o contável. Por outras palavras, o que não é contável não conta. A ideologia do mercado, plasmada nas políticas neoliberais que assolam a educação, não farão mais do que tornar a avaliação como um fim, olvidando que esta é um instrumento para melhorar a acção educativa perante a comunidade educativa que serve. Há que inventar novos modos de ver, ouvir e sentir a escola...

Unknown disse...

As políticas educativas são de feição descaradamente neoliberal. Nunca um governo de esquerda foi tão longe. Os mega-agrupamentos são um exemplo. Outros exemplos: a unipessoalidade do órgão de gestão; a criação de "mercados" educativos; a lógica de funcionamento dos CNO's; a machadada final na democraticidade da escola; o alargamento de percursos escolares; a avaliação externa a partir de indicadores que fomentam a competição, o investimento da imagem externa da escola, a eficiência e a eficácia, a meritocracia, os quadros de mérito, os rankings de escolas, a excelência escolar como factor de comparabilidade; a performatividade, a erosão dos valores democráticos e participativos; a avaliação por competências/habilidades úteis, adaptáveis e mobilizáveis no mercado de trabalho; a crença de que só há uma forma de fazer as coisas correctamente, a cultura de amestramento... Enfim, basta ler uns quantos relatórios de avaliação externa para sabermos o que é valorizado: resultados elevados, acima da média nacional; ingressos no ensino superior; diversidade da oferta educativa e formativa; estratégias de desenvolvimento local e regional; ausência de indisciplina; ambiente seguro, étecétera.